segunda-feira, 8 de setembro de 2008

INSUSPEITO...TALVEZ


Fomos desafiadas pela Cleópatra para escrever uma carta de desamor, aceitei o desafio, comprometi-me a escrevê-la e até agora teNho falhado a esse compromisso.
Esta carta de desamor, talvez insUspeita, dirige-se a ti.
Posso enumerar as mais variadas razões, como a falta de tempo, a Internet que está sempre a ir abaixo, o imenso trabalho que tenho tipo durante estes meses de Verão, mas a verdadeira razão é outra. E a razão é porque acho que tu, enquanto destinatário desta missiva Não o mereces. Não que te guarde mágoa, mas porque não me parece bem escrever sobre ti.
A carta que agora escrevo, foi escrita vezes e vezes sem conta nos meus cadernos, onde gosto de guardar os meus sentimentos sem que ninguém os leia. Essencialmente são palavras que calo, que nunca foram proferidas ao seu destinatário. O que mais lamento é que já te escrevia palavras de desamor muito antes de tudo ter acabado, essencialmente os meus lamúrios prendiam-se com a falta dos teus telefonemas, da tua atenção, de uma mensagem que fosse.
Não me bastaste.

Insuspeito? Talvez…

Faz algum tempo que decidiste sair da minha vida, disseste “Vou andando” e foste embora. Nunca te disse Mas sempre soube onde foste e para quem compraste o quadro numa qualquer galeria que pouco vem ao caso. Como ainda hoje essas palavras fazem eco na minha cabeça...

Uma Flor que nada tem de Insuspeita, medíocre.

Lembro-me de um tempo em que falávamos de saudade, ao que tu me disseste que não sentias saudades de nAda porque nunca foste suficientemente feliz para sentires saudades. Pois bem, espero que tenha conseguido mudar isso na tua vida. Realmente acredito que sentes saudades do que fomos juntos. Acredito que sentes saudades das horas sem fim que passávamos a conversar, que sentes saudades das noites passadas em Creta.

Nunca vais ler estas palavras, como nunca vais saber o Que representaste para mim. Apareceste na minha vida numa altura em que estava desacreditada da vida, não me sentia mulher, era tudo cinzento. Quando olhava para a frente via Um imenso deserto ainda por atravessar.
Tu apareceste debaixo de um céu colorido pelo fogo de artifício numa noite de verão e aí lembro-me de ter sorrido… Tu fizeste-me sentir livrE, ajudaste-me a levantar e ofereceste-me umas lindas asas para eu voar através duma imensidão de sonhos, mas não me abriste a gaiola e saíste pela porta…

Tudo mudou para mim desde então, o tempo cura tudo e quando olho para trás vejo que afinal és um homem mediano, sem grandes características que te distingam de qualquer outro.
Afinal, nada de InsuSpeito…
MDB

5 comentários:

Cleopatra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cleopatra disse...

Sabes o que me fez esta carta logo de manhã? Sentir que há amores aqui e ali semelhantes em pontos , pormenores, angustias, medos, saudades e distancias.
Muito sentida a tua carta e, sobretudo muito sincera porque real.
Não queres dar-me o prazer de a colocar na caixa de comentários do meu desafio? Gostava de a publicar com as outras mas de a ter lá também gostava.

A propósito ainda da carta:- São os olhos com que amamos que transformam o ser amado em diferente. Provavelmente ele nunca foi diferente.
Um bj e até já.

GTL disse...

Bom dia Cleo,
Claro que podes colocar na tua caixa.
Tenho de concordar que são os nossos olhos que fazem toda a diferença e o pior cego é o que não quer ver :(
bjs
MDB

Pecadormeconfesso disse...

Bonita e sensível. Bonita e sentida. E já a colocaste no Blog da Cleo? Não a vi lá. Merece lá estar e vir a ser publicada.
Bj

GTL disse...

Pecador:

Vou tratar disso, Obrigada
;)

MDB