E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos
E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
David Mourão Ferreira
MDB
2 comentários:
E por vezes sentimos a saudade
do que foi e já não pode ser.
E por vezes sentimos a verdade de que o que é nunca deveria ser.
Respondi ao teu desafio lá no Cleopatramoon
Bjito
Adorei o poema, senti e compreendi cada palavra...
Existem momentos na vida em que tudo se torna tão claro...
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