sábado, 7 de outubro de 2006

SONETO LXXXII


Amor mío, al cerrar esta puerta nocturna
te pido, amor, un viaje por oscuro recinto:
cierra tus sueños, entra con tu cielo en mis ojos,
extiéndete en mi sangre como en un ancho río.


Adiós, adiós, cruel claridad que fue cayendo
en el saco de cada día del pasado,
adiós a cada rayo de reloj o naranja,
salud oh sombra, intermitente compañera!


En esta nave o agua o muerte o nueva vida,
una vez más unidos, dormidos, resurrectos,
somos el matrimonio de la noche en la sangre.


No sé quién vive o muere, quién reposa o despierta,
pero es tu corazón el que reparte
en mi pecho los dones de la aurora.

Pablo Neruda, 1959


MDB

6 comentários:

GTL disse...

Talvez num outro momento, num outro dia, num outro lugar e com um outro nome
...
eu escreva o que realmente sinto e não digo, o que realmente penso e não digo
...
Talvez
MDB

Momentos disse...

vim deixar um beijinho e matar saudades. Isto de escrever blogs acaba sempre por deixar um "bichinho". Ja tinha saudades destas andanças. Possivelmente vou reabrir o blog. Sera que ainda se lembram? Sera que gostariam de la voltar? Sempre adorei os vossos comentarios. Beijinhos para voces

Anónimo disse...

gostei muito :o)

Cleopatra disse...

VIVA!
SAUDADES!!
Andamos desaparecidas'''

DarkMorgana disse...

Este poema lindíssimo, tem um toque de Romeu e Julieta!

GTL disse...

SUCESSO
Também já tinha saudades de te ver por aqui, gostaria muito que reabrisses o blog, era com muito prazer que passava por lá. Um grande beijinho.

CLEOPATRA E MORGANA
Minhas queridas, como é bom ver os vossos comentários.
Desde que passámos para o beta blogger que não conseguimos comentar nos vossos blogs, o que não quer dizer que não continue a passar por lá.
Beijos grandes

Morgana,
e que tal de viagem?

MDB