sábado, 14 de outubro de 2006

Quem é que quer vir trabalhar para a função pública?

Partilhem lá...
Queriam entrar?
Porquê e para quê?

TG

31 comentários:

Anónimo disse...

Já que os funcionários publicos são os bodes expiatórios para o mau funcionamento do país, também gostava de saber quais aão as chamadas regalias da função pública.
Minha querida, parabéns pela coragem do tema para o debate, também eu quero saber quem é que quer vir trabalhar para a função pública.
E quero também saber o que pensam os funcionários publicos.
A minha opinião deixarei para mais tarde.
beijos

Anónimo disse...

Até eu ia se pudesse...Porém iria estranhar muito a boa-vida pois estou habituada a trabalhar....Funcionário publico no nosso país é um privilégio que nós temos de pagar e somos mal atendidos e servidos..
Bons ordenados, boas férias, pontes, boa reforma..bons chefes..etç etç.
Venham para o privado para verem o que é trabalhar..

kimikkal disse...

Eu, eu, eu!!!

Estar efectivo, comprar casa sem ter medo de ser despedido, ter ADSE...Não ter de aturar patrões chatos, ter horário de saída...e mesmo assim ganhar tanto ou mais que no privado!

Onde é que assino?

Anónimo disse...

Olá a todos os funcionários e não funcionários púbicos.

Como funcionária pública, ou melhor, como funcionária da administração local, que vai dar ao mesmo (a lei são as mesmas, ou parecidas), quero deixar o meu comentário dizendo que tenho muito ORGULHO em ser funconária pública.
Então vejamos:
1- As "coisas" aparecem feitas, será que apareceram por "obra e graça do espirito santo?"
2- Deixem-se de tretas mas a questão de não aturar patrão, e de não se fazer nada, deve ser na cabeça daqueles que querem que nós (que também pagamos impostos, e não são poucos)lhes paguemos o rendimento mínimo, só pode!!!
3- Será que as pessoas com mais de 40 anos não produzem nada? Na função pública têm de produzir, pois só nestas intituições é que têm lugar para trabalhar. Os privados não os admitem. Será que os subsidios que eles (privados) recebem para os admitir são muito altos?!!!
4- Se quer os funcionários públicos quer os privados se preocupassem mais em trabalhar do que estarem sempre a denegrir a imagem dos funcionários públicos, o país estaria melhor?
Como último comentário, deixo aqui umas breves palavras aos funcionários públicos, tenham vergonha e deixem de falar mal de vós próprios. Se não consegem falar bem do vosso desempenho, quem o conseguirá? Se querem ser respeitados, respentem-se a vós próprios, assim pode ser que os outros vos respeitem. MUDEM de MENTALIDADE...

Maria de Deus

Anónimo disse...

Há de tudo, tanto no chamado "privado" como, na chamada "Função Pública"... e estabilidade, desculpem lá, mas no privado também há quem a tenha!!!! as tretas que tenho ouvido e lido sobre a função pública, aplicam-se na íntegra as outras empresas privadas... O mal é que as pessoas ainda não se aperceberam que têm de trabalhar e produzir, seja onde for, e passam a vida a falar dos outros sem olhar para o seu "rabiosque"...se todos nós tivermos brio profissional e dermos o nosso melhor, em todos os sentidos, meus caros, este país, treme e muda... eu garanto

Anónimo disse...

Importam-se que eu coloque um comentário "enorme" e chato sobre este assunto? É que não resisto...

Miguel

Anónimo disse...

MIGUEL

Comentai, meu caro, estamos expectantes ;)
MDB

Anónimo disse...

Isto não é um comentário, é uma crónica. Espero que não levem a mal ser tão espaçoso... É que sou funcionário público.

Não deixo de achar piada em ler alguns dos comentários de pessoas que aparentemente têm uma imagem desactualizada, e diria até fantasiosa, da função pública. Na realidade a tão apregoada estabilidade e segurança da função pública, actualmente, consiste em:

- Entrar a título precário num determinado serviço, muitas vezes a recibos verdes ou melhor ainda, com contracto de "terapia ocupacional de tempos livres" através do centro de emprego em que se recebe um salário substancialmente inferior ao que está tabelado.

- Exercer funções por tempo indeterminado nesses serviços, sem qualquer vinculo ou perspectivas de evolução na carreira, correndo o risco de a qualquer ano não renovarem o mencionado contracto precário, seja por motivos de orçamento, reestruturação dos serviços, eleições, ou até, imagine-se, por exercer a sua função bem demais (ou seja prestar serviço público efectivo);

- Os sortudos (como foi o meu caso), podem até ter o “privilégio” de serem aceites num concurso para contracto a termo certo de 1 a 3 anos que será eventualmente renovado. Obviamente que legalmente esse tipo de contracto só pode ser renovado um certo número de vezes pelo que se tiverem sorte e vos quiserem nesse serviço (e se houver orçamento para isso), entre contractos trabalham uns períodos a recibos verdes e os períodos em que tal não acontece, candidatam-se ao subsídio de emprego para tapar as ausências de rendimentos temporárias;

- Os que são ainda mais sortudos (ou azarados dependendo do ponto de vista), como tb foi o meu caso mais tarde, têm o raro e quase exclusivo privilégio de entrarem no quadro da função pública. Note-se que actualmente este é um feito que por si só quase se pode considerar o ponto de evolução máxima na carreira;

- Destes panoramas excluem-se obviamente as cunhas dado que por serem cunhas funcionam de igual maneira tanto no publico como no privado;

- A partir desse momento ganha-se a tão falada estabilidade.... E é verdade. Estabilidade no salário dado que ele é certo a cada dia 20 do mês e com maior certeza ainda será o mesmo nos próximos 5, 10, 15 ou 20 anos (se aí ainda existir função pública) independentemente do mérito, responsabilidade ou volume de trabalho que é desenvolvido.

- Estabilidade na generalizada falta de condições de trabalho (normalmente muito pior que no privado);

- Estabilidade na certeza de ter o rótulo de incompetência e ineficácia atribuída a todos os funcionários públicos (conforme se constata nestes comentários);

- Estabilidade em saber que em caso de emergência é aqui que se congelam salários e progressões na carreira indefinidamente.

- Outro factor de estabilidade é a certeza que trabalhamos com políticos. Isso significa que trabalhamos com pessoas cujo cargo depende de votos de uma população essencialmente pouco esclarecida e informada, pelo que o trabalho é desenvolvido com um horizonte temporal máximo de 4 anos, dois dos quais parcialmente dedicados à preparação das eleições e à adaptação ao seu resultado. Imaginem o que é trabalhar numa empresa que pode mudar de dono, gestores e de vontades de 4 em 4 anos... E que têm que ser eleitos pelas pessoas que vocês servem para esse efeito. Giro não é?

- Com as eleições surgem recorrentemente mexidas nas equipas, novas orientações, novos objectivos, novos rumos assim como novos interesses e novas cunhas. Há que pagar o favor à pessoa X ou Y (curiosamente instaladas no privado).

- Mas o mais estável na função pública é a opção. Optar por contrariar os diversos interesses prejudiciais ao interesse colectivo (normalmente e curiosamente tb movidos por interesses particulares) sob pena de nos sujeitarmos a prejudicar a tal estabilidade no trabalho ou optar por acomodar e deixar ir... Não tenham dúvidas que há medidas bem piores que o despedimento para prejudicar alguém.

- Outra certeza na função pública é a função “saco de areia”. Serve para desculpa de tudo e mais alguma coisa do que não funciona neste país, ou seja, serve para amortizar a pancada, para ser desancado sem reagir, para as pessoas despejarem as suas raivas e frustrações. Curiosamente fala-se mais nos custos do Estado com os funcionários públicos (que bem ou mal ainda vão tendo alguma utilidade quanto mais não seja para servir de bode expiatório/saco de areia) do que os resultantes da manutenção dos estádios construídos para o Euro2004 ou da obras públicas mal executadas e que obrigam a reparações constantes ao longo do seu tempo de vida (curiosamente estas tb executadas pelo sector privado).

- e por último: Será que alguém tem coragem em falar em estabilidade na função pública face ao que se tem ouvido nos noticiários neste últimos anos?

Neste caso qual é a alternativa? Certamente a privatização de todos os serviço públicos! Há que dar uma lógica empresarial à coisa... Exacto. Nada melhor para por o interesse colectivo e serviço público a funcionar do que lógica do lucro. Agora uma pergunta: Nesse caso para que servem os Impostos?

Por outro lado exactamente as mesmas criticas que se faz ao sector público têm aplicação no sector privado. Pq é que não se exige mais competitividade e profissionalismo nas nossas empresas? Pq é que o investimento estrangeiro é quase sempre mais eficaz que o nacional? Pq é que ainda é bem visto fugir aos impostos e sermos sempre espertinhos? Sermos a malta que se safa.... que se desenrasca.... que guarda o troco que nos deram a mais por erro e não diz nada e ainda se gaba do feito.

Lamento muito dizer mas o problema não está certamente na função pública. O problema está na matéria prima deste país. Em todo nós que votamos e nos resignamos. Em nós que escolhemos os políticos em função da imagem. Em nós que nos contentamos com pouco. Em nós que só nos preocupamos qd alguma coisa nos afecta pessoalmente. Em nós que aceitamos as injustiças.

O que seria deste país sem a função pública para criticar e por as culpas? Quem se culpava a seguir nesse caso? A Nós?!

É que é tão mais fácil ficar enterrado no sofá a ver e criticar as noticias (sobre os malefícios da função pública preferencialmente) do que fazer alguma coisa ou contribuir para as coisas mudarem.
.... Quanto mais não seja entrar na função pública e mudar as coisas.
Se conseguirem e aguentarem. :)

Miguel

Anónimo disse...

Ultima nota:

Informa-se a todos os interessados que os cargos na função pública são ocupados através de concurso público. Se quiserem ter a tão almejada estabilidade e boa vida, é só comprarem o Diário da Republica e concorrerem.

Mexam-se.

Boa Sorte.

Miguel

Anónimo disse...

AO MIGUEL
De notar, pela hora dos teus comentários, que apesar de funcionário público (o que implica para muitos não fazer nada) estás a trabalhar mais duas horas do que deverias, pois a hora de saída já passou.

Provávelmente muitos funcionários quer do sector público, quer do sector privado, não ficariam a dar horas de trabalho de graça para as empresas para as quais trabalham, principalmente numa sexta-feira.

Mas a realidade é que boa parte dos funcionários públicos ficam a trabalhar horas extraordinárias, sem receberem por isso, pelo simples facto de estarem a trabalhar pela prossecução do interesse público (o mesmo público que tanto os critica).

Cleopatra disse...

a FUNÇÃO PÚBLICA NÃO TEM COR?
a FUNÇÃO PÚBLICA NÃO TEM IMAGEM?
oRA BOLAS!!

Anónimo disse...

Olá a tod@s!

Acho uma boa ideia ajudar o pessoal a orientar-se nestes obscuros caminhos de acesso à função publica, pode ser que tenham sorte e Deus queira que sim, mas (oh meus amigozeze!!!.)sejamos sinceros, enquanto as coisas se mantiverem como estão, e tudo indica que sim, não vale a pena o esforço de concorrermos ao que quer que seja na função pública, o ter que estudar, preencher requerimentos, gastar combustível, deslocar-se (às vezes muitos quilómetros) às entrevistas patéticas e às provas vazias de conteúdo, enervar-se, alimentar falsas esperanças, para quê?
Quando todos sabemos que os lugares estão, à partida, destinados para os respectivos donos, ou seja os pobres coitados que estão, às vezes anos a fio, em banho maria com contratos a termo certo à espera que se abra a porta do cavalo, ou do burro (como preferirem)? É triste, mas é verdade.
É certo quem ainda há quem entre para a função pública por mérito próprio, por acaso, por acidente, por falecimento de um dos outros candidatos, por sorte, ou porque (admitamos) ainda há uma réstia de rigor em alguns casos raríssimos. Mas, infelizmente, esses casos são apenas a excepção que confirma a regra. O mais preocupante talvez seja que todos nós o saibamos e, pior que tudo, que alguns concordem. Numa só palavra: CORRUPÇÃO.

De qualquer maneira, boa sorte a tod@s!

papi-tomy

Anónimo disse...

Cleopatra

Para quem não trabalha ou nunca trabalhou na função pública, esta é um
MONSTRO
que só serve para gastar o dinheiro dos contribuintes!

A realidade para quem lá trabalha e ainda é idealista é que é outra :o)

Aos 30 anos ainda posso ser idealista e pensar que:

Na função pública deveriam trabalhar os indivíduos mais qualificados na sua área e deveriam ser reconhecidos pela sociedade como tal!

O funcionário público trabalha em prol de todos.

Eu tenho orgulho em ser funcionária pública, execpto quando vejo o talão do meu ordenado.

GTL disse...

alvabranca e kimikkal

E a todos os que quiserem concorrer para a função pública, no link que se segue eu explico como:

http://gabinetedetemposlivres.blogspot.com/2006/10/aos-candidatos-funo-pblica.html

é só ter as qualificações necessárias, arranjar os documentos que se pedem nos concursos, força de vontade, preserverança, passar nos testes, passar na entrevista e

VOILÁ, somos colegas...
TG

Lúcio Ferro disse...

Eu adorava, mas tinha que ser para ir para o qudro. Um bom salário, não fazer puto e emprego para o resto da vida... Que delícia!!!

Um beijinho para vocês.

£ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

Função publica...
(Sempre fui parco em palavras, li alguns comentários, e deixo umas letras.)

Eu quando me relaciono directamente com a função publica o que noto?
Pessoas que transparecem infelicidades, antipatia, pouca vontade de ajudar o próximo, arrogância, e outros predicados que para mim que estou diante deles me leva a não desejar pertencer a esse sector da sociedade. Sei que me podem dizer que em todas as profissões existem maus profissionais, acredito... mas eu poucas vezes sou bafejado pela sorte de encontrar. Serão competentes, quero acreditar que sim, mas isso não basta.
ABRO PARÊNTESIS a minha loucura permite-me ter em conta que quando saiem do horário laboral se tranformam e sorriem FECHO PARENTÊSIS

Sorrisos para quem passa...
Até outro instante!

(Grato pelo convite...)

João Filipe Ferreira disse...

bem, para ser sincero não queria ir trabalhar para a função publica...preferia que me saisse o euromilhoes e ai já estava realizado..com dinheiro e sem fazer nada..no entanto sei que isso nunca me vai acontecer e sendo assim, já não me importava de ser funcionário publico..pois recebia um bom ordenado e não fazia nenhum...Mas que fique evidente que só queria caso não me saisse o euromilhoes!!

GTL disse...

Ao LOUCO DE LISBOA

A função pública não se resume àquelas senhoras pouco simpáticas que se encontram atrás de uma qualquer repartição de finanças, e que a bom da verdade são insultadas diáriamente por não saberem fazer correctamente o seu trabalho. E que não sabem, efectivamente, desempenhar as suas funções também todos nós sabemos, mas o que muitos não sabem é que essas senhoras são obrigadas a executar reformas, de um dia para o outro, sem terem tido formação para tal (simplesmente porque o Estado não tem dinheiro para gastar em formação profissional para os seus funcionários).
Conclusão: estão infelizes, são antipáticas, frustadas e sem vontade de ajudar o próximo e tudo porque não sabem como fazê-lo.
O sector privado aposta na formação profissional porque sabe que mais e melhor formação implica melhor desempenho e maior produtividade. E o Estado não sabe?

Como diz a Cleopatra, o Estado não tem cor? Não tem imagem?
Provavelmente o que o Estado prefira é dar a imagem que os seus funcionários são incompetentes para distrair a população.

É curioso como os meios de comunicação social não denunciam a falta de condições existentes na função pública.

Dá que pensar.
MDB

Anónimo disse...

Pergunta difícil! :)
Prometo voltar outra altura com um poquinho mais de tempo!
(Jard.ap.)

Paulo disse...

Eu...? Nunca!!!
Há uma explicação histórica para, agora, se compreender a incompetência da maioria dos funcionários públicos: Ao longo de decadas, muitos funcinários públicos, progrediram na carreira apenas pelo decurso do tempo e/ou por por satisfazerem, prontamente, aos mais bizarros devaneios da hierárquia superior da administração pública.Chegou-se ao ponto de só ser possível resolver qualquer assunto particular, junto dos serviços publicos, à base de conchecimentos e subornos. O "livro amarelo" não produziu os efeitos desejados, os crimes de peculato, corrupção (activa/passiva) desacreditaram os serviços públicos. ninguém cumpria o horário de trabalho,quase todos furtavam, lápis, borrachas, tinteitos, resmas de papel e afins...
Urge, portanto tomar medidas radicais: Avaliação de desempenho, selecção rigorosa dos candidatos e códigos de conduta rigidos ao que se deve juntar um sistema disciplinar eficaz de modo a pôr termo ao regime de impunidade dos funcionários públicos, e criar mecanismos geradores de motivação : prémios, condições de trabalho e, sobretudo dignificação da «classe».
Injusto é o facto de os excelentes funcionários públicos - que os há - serem agora, também, vítimas do desleixo e anarquia que se verifiou na função pública à qual foram alheios.
Beijos

Paulo

Anónimo disse...

Claro que a generalização é que é chata. e há que distinguir a parte de saúde, pelo menos enfermeiros e médicos. Bem, eu já trabalhei na função Publica num hospital, era nessa altura uma técnica de saúde: terapeuta da fala.
Naqueles tempos os médicos trabalhavam pouco, mas os enfermeiros até dava dó.
Entrar numa repartição pública, dá vontade de fugir. E que há muitos incompetentes há, mais do que na privada porque aí fazem-lhes a vida negra.
Na privada, a maior parte das vezes não se pagam horas axtraordinárias. Isso normalmente faz-se aos operários. E estou numa empresa em que o departamente de informática trabalha muitas vezes à noite como horário normal.
Nem tudo o que parece é.

Nitrox disse...

Está aqui um assunto para o qual estou particularmente habilitado para falar. Já passei por tudo: privado e função publica.

Em primeiro lugar porque raio é que só se fala dos funcionários(publicos e privados)? o principal mal deste país está nas chefias e nos patrões. Esse é o verdadeiro cancro. Os gestores portugueses foram considerados os piores da Europa por um estudo efectuado na Universidade de Cambridge. As chefias são do pior, pois para além das cunhas, dos clientelismos e da corrupção são INCOMPETENTES! Estou a falar de ambos os sectores.

Quando chefiei a equipa de programação de uma empresa privada que efectuou a informatização de um departamento do Estado, fazia questão de ser o 1º a chegar, o último a sair e de reservar para mim a maior fatia de trabalho, não se fez uma noitada, uma directa em que eu não estivesse presente, nas alturas mais sensiveis fiquei a dormir nas instalações para poder intervir rápidamente caso houvesse algum problema. Na firma era o mau, aquele gajo que é um grande incompetente, não vai almoçar com os chefes julga-se importante.

Rápidamente a firma ficou apenas com um cliente: esse departamento, andamos largos meses assim o único dinheiro que lá entrava vinha do meu cliente, mas o que se dizia lá dentro: rica vida, não faz nenhum, não sabe nada disto, a empresa está a afundar por causa dele.
Acabei por sair depois de passado o pior, depois quando as coisas já estavam a voltar a entrar nos eixos e fui para a FP.

Estou lá à 10 anos, dei o meu melhor, lutei contra a ignorancia geral consegui manter o sistema informático completamente obsoleto ao ponto de neste 10 anos nunca ter sofrido qualquer avaria que o obrigasse a parar mais de 30 minutos de uma vez, nunca houve um programa que fosse entregue fora do prazo, o y2k e o Euro decorreram sem sobressaltos. Resultado o gajo não faz nenhum, ele até é um bom técnico, mas não tem perfil de funcionário publico, és um puto, não trabalhas...

Isto é só mudaram as moscas... Atribuir culpas? Valerá a pena? Se és competente há que mandar abaixo, se tens conhecimentos então é porque não trabalhas. Recentemente ofereci a todos os colegas do serviço um pequeno espelho, pois estavam com dificuldade de se ver a eles próprios.

Não sou melhor que os outros, não tenho maior capacidade de trabalho nem descobri nenhum segredo, apenas olho para mim faço quilo que me compete e não olho para os lados para ver o que os outros (não) estão a fazer. Cabe aqui um parentesis para dizer que sou muito mal visto pelas chefias, pois não tenho capacidade para politiquices nem para compadrios, e para esses mais vale um empregado bufo que um bom empregado.

O problema nem está no país, pois colaboro na protecção civil como voluntário, patrulho as matas em troca de 20L de gasóleo e um almoço, eu e outros como eu conseguimos que o concelho de Almada fosse um dos que menos àrea ardida teve nos últimos anos.

Vou ficar por aqui e ainda havia tanto a dizer.

Fiquem bem!

£ou¢o Ðe £Î§ßoa disse...

MDP...

Sei que a Função publica não se resume ás pessoas que directamente lidam com o cidadão, mas, é com elas que o cidadão lida!
Pela amostra nem sei que diria se pudesse ver o que se passa para lá do balcão...
Sublinho que respeito quem executa as suas tarefas com brio e profissonalismo.

Até outro instante!

Nitrox disse...

Outra coisa que me lembrei.

Estava no balcão de atendimento da Cabovisão e perante a ineficiencia dos serviços, alguém que já esperava há muito tempo desatou a zurzir: "Os funcionários publicos são todos iguais não querem é trabalhar".

Por acaso, e só por acaso a Cabovisão até é privada, não é?

É a velha questão do Sound Byte.

Fiquem bem!

Anónimo disse...

Eu quero a Função Pública! Porque o Estado é o último a falir, porque têm óptimos horários, pelas regalias e porque poderia produzir muito e fazer imenso pelo meu País, sendo um exemplo para toda a gente (acreditaram mesmo nesta?).
Queria ir para qualquer área, sem ser financeira, fiscal, tributária, etc. Detesto estas áreas!
Ninguém arranja nada?

Caçadora_de_sonhos disse...

É uma pena o funcionário publico ser sempre o mau da fita. Como funcionária publica te informo que além das regalias serem cada vez menores, os salários não são nada atraentes....pelo menos para quem não é Ministro e afins....
Mas enfim....
Também é triste, alguns funcionários "pagarem" pelos outros. Nem toda a gente é igual : antipática, mal educada e atende mal o público :0)

Rafeiro Perfumado disse...

parece-me que este texto está ferido de morte logo à nascença, por ter as palavras "trabalhar" e "função pública" na mesma frase. Estou a ser mauzinho, até conheço duas ou três pessoas da FP que trabalham, então desde que se reformaram, ui ui!

Brandybuck disse...

Hoje em dia está na moda dizer mal da função pública.
É engraçado como uma boa parte do pessoal diz que gostava de ir para a função pública para não fazer nenhum.
Afinal aquilo de que tanto mal falam é o que querem? Não deviam dizer que queriam ir para trabalhar e alterar o que está mal?
Depois falam de regalias que nem sequer têm ideia do que sejam, mas como alguém disse que existem...
Por fim conhecem um ou dois funcionários públicos que não gostam de trabalhar(afinal são iguais a eles) e já se acham capazes de generalizar para toda a função pública.

Aqui está um tópico bem actual
Um beijo

Lord of Erewhon disse...

«Função pública»? é na boa... mas só se for ao ar livre... e no Meco! :)

teresa g. disse...

Bem, atrasada, como sempre nestes últimos tempos, mas o prometido é devido. Pois é, é muito difícil que as coisas sejam sempre justas para todos. Eu já fui funcionária pública (professora) e esfalfei-me a trabalhar. Mas quando passei para o outro lado muitas vezes dei e dou comigo a amaldiçoar os funcionários públicos. Porque não podemos negar que há por aí muita incompetência, e quando nós precisamos dos serviços e eles simplesmente não funcionam ficamos mesmo chateados. Claro que não são todos, e se calhar nem são a maioria. Mas andam por aí. Naturalmente que este país necessita de mais eficiência, tanto no público como no privado. Mas quando se aplicam medidas gerais todos apanham por tabela, e normalmente os incompetentes arranjam sempre forma de encaixar a sua incompetência, enquanto que frequentemente as pessoas competentes são prejudicadas.
Enfim, resumindo a baralhada deste comentário, generalizar considerações sobre o público ou sobre o privado e sobre os privilégios de uns ou de outros é um pouco perigoso, como todas as generalizações. Há de tudo. E os tempos não são fáceis para ninguém. E no entanto comparando com a maioria da população mundial ou com a forma como viveram os nossos antepassados nem nos podemos queixar...

Beijinhos

Anónimo disse...

Carissimos/as:
Depois de ler todos estes comentários apetece-me acrescentar o seguinte:
em 1º lugar não entendo o motivo de tanta critica aos funcionários publicos...somos todos trabalhadores e contribuintes!
em 2º lugar não entendo a comparação com os funcionários do privado...trabalham e contribuem tal como os funcionários publicos e tém problemas tal como toda a gente.
em 3º lugar não entendo o motivo de dividir a população trabalhadora deste pais em publico e privado...quem quer trabalhar, trabalha em qualquer lado e sujeita-se ás condições que lhe são dadas pelo patronato...ou então demite-se!!!
O que me parece, verdadeiramente, é que nós continuamos desgraçadamente a engravidar pelos ouvidos!!!!!!!
O governo lança as "modas" de falatório e o rebanho vai todo atrás a falar mal sem sequer se informar nem saber do que é que fala!!!
Atiram areia para os olhos da população, sem terem qualquer tipo de moral ou intenção de evolução económica a nivel nacional, tentando arranjar culpados para o dinheiro que se gastou, por exemplo, na construção da casa de banho de um antigo ministro... e se calhar ainda acabam por dizer que a culpa é do funcionário publico!!!
E a população, se calhar, ainda acredita!!!!
O que me parece é que "alguém" nos está a tentar passar, a nós população,um atestado de deficiência mental.
Mas vocês ainda caem nisso?!?!?!?!?!
Vocês ainda acreditam MESMO em tudo o que vos é dito?!?!?!?!
Ainda seremos assim tão ingénuos e imaturos que encaramos o governo e a "opinião publica" por ele gerada como aceitávamos quando eramos pequenos e os nossos pais nos diziam : "não comas isso...é porcaria...faz-te mal!". E tratava-se apenas de um gelado de água???
Custa-me a acreditar nesta realidade!!!
Pessoal!!!!
Vamos lá acordar!!!!
Em Portugal, as dificuldades e os problemas são gerais e existentes em todos os sectores!!!!
Não vamos tapar o sol com a peneira!!!!
Que interessa o desgraçado do funcionário privado ou publico?
Que mecanismo de distracção é este???
Isto é lá politica que se apresente????
Ninguém questiona isso???
Deixemos de ser ingénuos e tentemos ver, com olhos de ver, a realidade deste pais...e não é para encontrar culpados...é para evoluir!!!!

Beijinhos
Ana